sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Festa Esportiva do Grêmio do Comércio de São Paulo - 1902.

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O Commercio de São Paulo - 15/11/1902


No dias 15 e 16 de novembro de 1902 foi anunciado no jornal O Commercio de São Paulo uma festa esportiva no Velódromo Paulista em comemoração ao 14º aniversário do Grêmio do Comércio de São Paulo e dentre as atrações, na quinta parte, um match de football entre o Sport Club Paulista e o Club Athletico Ypiranga pelo visto a preliminar seria entre os Reservas do Sport Club Internacional e o Sport Club Progresso.


O Commercio de São Paulo - 11/11/1902.

Infelizmente não consegui mais detalhes sobre a realização do jogo ou placar.

Sobre o Sport Club Paulista sua fundação foi anunciada no jornal o Commercio de São Paulo em 20 de julho de 1902 composto por rapazes da Academia de Direito de São Paulo e entre seus elementos temos Armando Prado e Mario Cardim.


O Commercio de São Paulo - 20/07/1902.


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quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

1891 na História do Futebol


1891 na História do Futebol

Originalmente o "Gol" era composto de dois postes com uma fita ou um pedaço de corda conectando-os como uma barra transversal (depois em 1875 veio o travessão de madeira).

A primeira vez que uma rede foi usada, foi colocada atrás do gol para impedir a bola de ir para a torcida. As "Redes" no gol como se conhecem hoje vieram em 1891.

Mesmo as marcações de campo eram diferentes, a área de meta era formada por dois arcos e a área de penalidade se estendia pelo campo até uma profundidade de 12 jardas da linha de meta, como mostrado no diagrama acima.

O pontapé de grande penalidade foi introduzido em 1891 e no início o chute podia ser dado de qualquer lugar na linha de 12 jardas.

O goleiro (que não usou uma cor distinta até 1912) foi autorizado a assumir uma posição de até seis jardas de sua linha de meta para cobrir o tiro, hoje ele deve ficar imóvel em sua linha de gol.


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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

A história da fundação da A. A. das Palmeiras

Associação Atlética das Palmeiras - campeão Paulista em 1909



ASSOCIAÇÃO ATHLETICA DAS PALMEIRAS

SUA ORIGEM: SEUS FUNDADORES.

   - Durante muitos annos, reuniam-se num pequeno gramado, em que se acha hoje o ground das Palmeiras, alguns meninos das casas adjacentes e ahi se divertiam shootando bolas em direcçoes indeterminadas, porflando cada qual em conquistar a primazia na precisão dos kicks na fúria das investidas e na pericia dos passes e enganos.
  Havia uma certa ordem e disciplina nesse jogo attrahente da criançada : transparecia mesmo a preocupação de não se infringir as suas leis exigentes.
    Com que ímpetos de revolta não gritavam um off-side!
    Si houvesse um foul-play, que gritaria! Que horror, sir Friese!
    Bastava, porém, apenas, para acalmar essas momentâneas incandescências, a energia ou o prestígio dos referees.
    Vestiam se de preto e branco e taes eram as cores symbolicas dessa aggremiação infantil.
   Como membros proeminentes desse Sport club – Black and White – citam-se os irmãos Lefévre, Corbett, Collet e Silus. Isto é, quasi todos os actuaes foot-ballers do primeiro team da A. A. das Palmeiras.
    Era tão interessante o divertimento da meninada e havia tanta cohesão entre os sócios do Black and White, que os seus matchs, à tarde e aos domingos despertaram regular concorrencia de curiosos.
   Desejando aproveitar a iniciativa da pequenada, seus amigos e admiradores promoveram uma subscrição e, com o consentimento prévio da exma. sra. proprietária do terreno, fizeram o nivelamento e a acccommodação do local: eis como se adquiriu esse belo campo, batido pelos ventos e numa situação mais que favorável aos fins que o crearam.
  Contando já, então, muito boas dedicações, cada grêmio de crianças transfigurou se numa associação de adultos.
  Aos nove dias do mez de novembro de mil novecentos e dois, reunidos os sócios fundadores, cujos nomes se acham nas primeiras paginas do Livro de Presença, na casa numero 27 da rua Brigadeiro Tobias, sob a presidência, por aclamação, do dr. José Pinto e Silva, que chamou para secretários os srs. Gelasio Pimenta e  Adolpho Lefévre – deu-se a primeira assemblea geral da Associação Athletica das Palmeiras, convocados para a discussão dos Estatutos e installação da sociedade.
   Approvados  os estatutos e regeitadas as denominações de Palmeiras Athletic  Club e de Club Athletico das Palmeiras, depois da escolha definitiva do nome com bue hoje se conhece a sociedade, foram sulfragados, pelo consenso quase unanime da assemblea, para membros da primeira directoria, cujo mandato terminou a quinze de novembro de 1903, os srs. Francisco de Salles Collet e Silva, João Carneiro Monteiro. Gelasio Pimenta, Percy Corbett e José Gonçalves de Barros, respectivamente presidente, vice-presidente, 1º secretario, 2º secretario e thesoureiro.
  Começou, então, a existir, regularmente organizada, fugindo em cada sócio a alma, arrebatada em esperanças, uma nova agremiação sportiva; e, para manter uma intima ligação histórica com o Sport-Club – Black and White – que lhe serviu de berço, foram adoptadas para o uniforme dos associados, ao se apresentarem em jogo publico, as cores preta e branca, conforme decidiu a directoria em sua primeira sessão.
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Fonte: Jornal Correio Paulistano, 10 de abril de 1904, pag. 3.



Jornal O COMMERCIO DE SÃO PAULO - 11/11/1902


domingo, 4 de novembro de 2018

Amistoso 1925 - Selecionado Fluminense x Selecionado da Divisão do Interior.

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Selecionado da Divisão do Interior - A Cigarra março de 1925


Em 15 de março de 1925 foi realizado no campo da Floresta em São Paulo um amistoso interestadual com renda em benefício das vítimas de um acidente acontecido em 27 de fevereiro daquele ano em uma fábrica de tecidos situada na Ilha do Caju em Niterói.

O selecionado da Liga Fluminense venceu por 5 a 2.

O Selecionado da Divisão do Interior Paulista jogou com: Dica, Joca e Angelino. Benedito, Campeão e Raphael. Batata, Belmiro, Camargo, Lamanares e Minguta.

Selecionado da Liga Fluminense jogou com: Pedro, Moreira e Monteiro. Rosas, Malvino e Cecê. Pires, Adyr, Tavares, Mário e Amaro.

O Árbitro foi: Sr. Strobel.



O Combate (SP) - 13 de março de 1925





sábado, 20 de outubro de 2018

George Edgar Kenworthy um pioneiro do futebol brasileiro

        
Jogadores do São Paulo Athletic posam com os rivais do paulistano (Foto: Reprodução)
George Kenworthy é o segundo sentado da direita para a
esquerda na fileira do meio acima de Charles Miller




George Edgar Kenworthy um pioneiro do futebol brasileiro. (Por Moisés Cunha)


George Edgar Kenworthy nasceu em 7 de fevereiro de 1878 em Oldham, cidade da Grande Manchester, na Inglaterra e faleceu em 23 de maio de 1921 aos 43 anos em Sorocaba era filho de John Kenworthy e Maria Jane Boothby Pownall era irmão entre outros de Albert Newton Samuel Kenworthy (1876-1944), outro pioneiro no futebol brasileiro. Era casado com Anna Alexandre de Araripe Sucupira filha do major Carolino de Araripe Sucupira, um dos heróis da campanha do Paraguai.


George Edgar Kenworthy e o
Capitão Gamoeda (Comandante da 4ª CIA do 2º Batalhão de Jundiaí)
Revista Fon-Fon de novembro de 1908



George Edgar Kenworthy
Revista o Malho de janeiro de 1910


George Kenworthy jogou pelo SPAC no Campeonato Paulista de 1902, em 8 de maio de 1902 SPAC 4 x 0 Paulistano e em 26 de outubro de 1902 no jogo extra decisivo do Campeonato Paulista, SPAC 2 x 1 Paulistano, conquistando o título de Campeão Paulista de Futebol no primeiro campeonato oficial de futebol do Brasil, nos dois jogos esteve junto com seu irmão Albert.

Ficha técnica do jogo descisivo entre SPAC e Paulistano.
SÃO PAULO ATHLETIC 2 x 1 PAULISTANO
Data: 26/Outubro/1902; Local: Velódromo Paulista (Rua da Consolação)
Árbitro: Rócio Egydio de Souza
Gols: Charles Miller (2), para o SPAC, e Álvaro Rocha para o Paulistano
São Paulo A. C.: W. Jeffery; George Kenworthy e Albert Kenworthy; Biddel, Wuccherer e Heyeock; Boyes, Brough, Charles Miller, Montandon e Blacklook.
Paulistano: Tutu Miranda; Thiers e Guilherme Rubião; Edgard Barros, Olavo Pais de Barros e Renato Miranda; B. Cerqueira, João da Costa Marques, Álvaro Rocha, Ibañez Salles e O. Marques

George Kenworthy aparece também jogando pelo Jundiahy Foot Ball Club juntamente com Albert em 24 de junho de 1903 contra a Associação Athletica da Lapa.


George Edgar Kenworthy no Jundiahy Foot-Ball Club
data incerta (entre 1903 e 1908).


Sobre a família Kenworthy veja parte da matéria do Jornal Cruzeiro do Sul sobre Zuleika Sucupira Kenworth.
http://www2.jornalcruzeiro.com.br/materia/845585/uma-pioneira)

A história de sua família tem uma forte ligação com a história da industrialização de Sorocaba e outras cidades da região. Segundo seu relato, no final do século 19, seu avô John Kenworthy, um inglês de uma família de industriais da cidade de Manchester, com a saúde abalada pelo clima frio daquele país, resolveu vir com um amigo para o Brasil. Desembarcaram no Rio de Janeiro durante uma epidemia de febre amarela, o que afugentou seu companheiro de viagem. O amigo regressou à Inglaterra, mas Kenworthy decidiu ficar no Brasil. Depois de montar fábricas de tecidos para empresários de Tatuí e Jundiaí (cidade onde Zuleika nasceu em 1912), o industrial decidiu construir sua própria fábrica e escolheu Sorocaba para sediá-la. Ele construiu a fábrica Santo Antônio e mais tarde outras unidades do ramo de fiação e tecelagem. Essas fábricas foram o ponto de partida da Companhia Nacional de Estamparia, anos mais tarde adquirida pelo empresário pernambucano Severino Pereira da Silva e que chegou a ser uma das maiores produtoras de tecidos do Brasil.


Fabrica de Tecidos São Bento em Jundiaí em 1910
tendo John Kenworthy como diretor gerente. 

Revista O Malho (RJ)
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John Kenworthy pai de George e Albert
imagem Revista da Semana (RJ) de janeiro de 1923












sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Futebol e Ferrovia - Jundiaí




Futebol e Ferrovia - Jundiaí


Texto extraído do artigo: Trabalhadores das ferrovias A Companhia Paulista de Estrada de Ferro, São Paulo, 1870-1920 - Varia Historiavol. 32, núm. 592016  de Ana Lucia Duarte Lanna.


      Em 1903, foi constituído o primeiro time de futebol da cidade – Jundiahy Foot Ball Club formado por funcionários da Paulista. Extinguiu-se em 1908 devido à morte de seu fundador. Os ferroviários só conseguiram estabelecer-se como equipe regular, disputando torneios e numa lenta ascensão para a primeira divisão do esporte no estado de São Paulo, em 1909. Em 17 de maio daquele ano, no pátio de manobras da Paulista, ao lado da locomotiva 34, fundaram o time que teve como treinadores Frederico Fuller e José Coimbra Oliveira Filho. O senhor Fuller, filho de ferroviário da Paulista, descendente de austríacos, nasceu em 1885. Começou a trabalhar na Paulista em 1901 com 16 anos, como aprendiz de ajustador, numa carreira que pode ser vista como “padrão” na empresa. Quando indicado para técnico do time já tinha sido promovido a ajustador. Fez carreira nesta função onde se aposentou como contra-mestre em 1949, depois de 48 anos trabalhados na Paulista.(31) O outro técnico era português, nascido em 1876 e começou a trabalhar na Paulista em 1897 com 21 anos. Era operário e foi admitido e exonerado muitas vezes, numa instabilidade característica desta função. Foi promovido a feitor em 1902, tendo nela se aposentado em 1930.(32) Nicomedes Correa tinha como colegas de equipe Henrique West, os irmãos João, Dino e Tancredo Siqueira, Alberto Correa, Luchese Whit e Adão Gray. Este era funcionário dos mais qualificados da empresa. Escocês, nascido em 1868, começou a trabalhar na Paulista em 1888, como ajustador em Campinas. Em 1903 já era mestre das oficinas em Jundiaí sendo promovido, em 1920, a chefe da oficina. Aposentou-se em 1931, em seu registro funcional encontramos o único registro de funcionário que viajou para a Europa e Estados Unidos, com objetivo de rever familiares, por seis meses, tendo seu salário sido integralmente pago durante este período.(33)
  
  
31 Cp. 75.4-113, prontuário 1117, ficha 77. Arquivo Geral da FEPASA, Banco de Dados Ferrovia, Cidade e Trabalhadores, a conquista do Oeste (1850-1920).
32 Cp. 75.4-114, prontuário 2169, ficha 1732. Arquivo Geral da FEPASA, Banco de Dados Ferrovia, Cidade e Trabalhadores, a conquista do Oeste (1850-1920). 
33 Cp. 75.4-138, prontuário 2572, ficha 687. Arquivo Geral da FEPASA, Banco de Dados Ferrovia, Cidade e Trabalhadores, a conquista do Oeste (1850-1920).



segunda-feira, 15 de outubro de 2018

A Memória do Futebol em São Paulo - Clube Atlético São Paulo.



CENTRO DE MEMÓRIA SPAC CHARLES MILLER

Inaugurado em 12 de maio de 2012, o Centro de Memória SPAC Charles Miller vem desenvolvendo sua missão de preservar e divulgar a história do Cube Atlético São Paulo e sua relação com a história do esporte brasileiro, da cidade de São Paulo e da colônia britânica.
Contato:
Telefone: (11) 3217 5944 Ramal 229
Localização:
Rua Visconde de Ouro Preto, 119 – Consolação
São Paulo – SP CEP 01303-060


sábado, 13 de outubro de 2018

Aristarcho Silva e Américo Silva dois pioneiros no futebol de Pernambuco.

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Jornal A PROVINCIA (PE) - 07/09/1902


Pesquisando sobre o início do futebol em Pernambuco encontrei um anúncio no ano de 1902 do "Soccorro Foot-ball Club" para um encontro assinado pelo capitão "A. G da Silva", anúncio esse anterior ao retorno de Guilherme de Aquino Fonseca da Inglaterra.


Não encontrei mais nada sobre o Soccorro F. B. C. porém encontrei A. G. Silva na escalação do Sport Club Recife em 22/06/1905 e no dia 13/08/1905 em um anúncio de um jogo do Sport um jogador de nome "Aristarcho Silva".

Depois em uma publicação de 14/08/1909 aparece "Aristarcho Silva" como goal-keeper do Náutico e "Américo Silva" como forward.

"Américo Silva" jogou pelo Náutico e outros times (Derby Rovers e Riachuelo), foi referee, lutador de box no Recife Sport Club e representante do América, resumindo um verdadeiro Sportsman. 

"Aristarcho Gonçalves Albuquerque e Silva" faleceu aos 37 anos em 31/07/1918, era casado com Maria Thereza Magarinos Silva, deixando três filhos menores: Maria Carmelita, Renato e Lucilla.


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Em setembro de 1897 são chegados da Europa no vapor inglês "Thamis": J. G. Albuquerque e Silva (Joaquim Gonçalves), E. Silva (Eugênio Silva), Aristarcho Silva (Aristarcho Gonçalves Albuquerque e Silva), Américo Silva (Américo Gonçalves de Albuquerque e Silva) e Luiz Silva.


A PROVINCIA (PE) - 22/06/1905 com A G. Silva no Sport.
13/08/1905 - Aristarcho Silva fullback do Sport.
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Sport Recife em 1905


A PROVINCIA (PE) - 15/08/1909
Aristarcho Silva e Américo Silva no Naútico.

Náutico em 1910 - Fonte: Arquivo Alvirubro

terça-feira, 11 de setembro de 2018

A Memória do Futebol em São Paulo - Esporte Clube Pinheiros.





CENTRO PRÓ-MEMÓRIA HANS NOBILING
Inaugurado em 23 de março de 1991, o Centro Pró-Memória Hans Nobiling vem desenvolvendo sua missão de recuperar, preservar e divulgar a história do Esporte Clube Pinheiros e sua relação com a história do esporte brasileiro, da cidade de São Paulo e da colônia alemã.
Contato
Horário
De 3ª a 6ª das 9 às 18
Sábado das 9 às 17
Domingo das 10 às 14
Fechado nos feriados
Público externo e Pesquisadores  são recebidos  mediante agendamento pelo e-mail:  ecpcme@ecp.org.br ou telefone: (11) 3598-9716
Localização
Rua Angelina Maffei Vita, 493 - Jardim Europa - São Paulo - SP
1º andar do Centro Desportivo


quinta-feira, 16 de agosto de 2018

As 13 primeiras regras do futebol de 1863.

As primeiras 13 regras do futebol:
1. O comprimento máximo do relvado não deve ultrapassar os 180 metros e a largura não deve exceder os 91 metros. As marcações da largura e comprimento devem ser feitas com bandeiras. As balizas devem ser definidas pela colocação de dois postos, separados por 7 metros, sem qualquer fita ou barra entre si.
2. Sempre que houver um golo, o jogo deve recomeçar com um pontapé efetuado pela equipa que o tiver sofrido. A outra equipa deve manter-se afastada 9,1 metros, até a bola ser tocada para o recomeço.
3. Depois de ser conquistado um golo, a equipa que o sofrer tem direito a recuperar a posse de bola. Sempre que um golo acontece, as equipas devem trocar a metade de campo que defendem.
4. Um golo é marcado sempre que a bola passar entre os dois postes da baliza ou sobre o espaço entre os mesmos postes (seja a que altura for). A bola não deve ser transportada no momento em que transpõe a linha.
5. Quando a bola é lançada, terá de ser sempre no lugar por onde saiu do campo. A bola não estará em jogo até que toque no chão.
6. Quando um jogador rematar a bola, qualquer colega seu que esteja mais adiantado em relação à linha do pontapé será considerado em fora de jogo. Não poderá, por isso, tocar na bola nem evitar ou influenciar outro jogador a fazê-lo, até voltar a estar em jogo.   
7. Se a bola ultrapassar a linha de fundo, a primeira equipa a apanhá-la terá direito à marcação de uma falta.
8. Se um jogador sofrer uma carga terá direito a uma falta. Terá de fazer uma marca com o seu calcanhar no chão, para assinalar o local do pontapé, e pode recuar os metros que assim entender para ganhar balanço. Nenhum jogador adversário pode interferir com a sua ação até ela ser efetuada.
9. Nenhum jogador pode correr com a bola.
10. Rasteiras e assédios não serão tolerados e nenhum jogador poderá usar as mãos para agarrar ou empurrar um adversário.
11. Os jogadores não serão permitidos a atirar ou a passar a bola com as mãos.
12. Nenhum jogador será autorizado a pegar a bola do chão com as mãos, seja em que circunstância for, enquanto o jogo decorrer.
13. Nenhum atleta poderá usar ferros, chapas ou agulhas nas solas das suas botas.

terça-feira, 3 de julho de 2018

120 anos do primeiro jogo de futebol escrito e publicado no Brasil



120 anos do primeiro jogo de futebol escrito e publicado no Brasil

10 de julho de 1898 - S. P. A. C. 3 x 0 S. P. Railway A. C. - Uma nota sobre o jogo aparece no Correio Paulistano na Secção Sportiva do dia 12 de julho de 1898, terça-feira, pag. 2, e uma reportagem do mesmo jogo no jornal THE RIO NEWS de 19 de julho de 1898, pag. 6.

O jornal “THE RIO NEWS” circulava na capital do Império e depois República desde 1874, seus leitores eram majoritariamente britânicos, sua linha editorial era liberal,  o editor e proprietário se chamava Andrew Jackson Lamourex (A. J. Lamourex) que nasceu em 1850 e faleceu em 1928.






O jogo disputado pelas regras do Football Association foi realizado em 10 de julho de 1898, um domingo, com 60 minutos de duração (30 x 30) no campo do São Paulo Athletic Club, onde o  S. P. A. C. vence o São Paulo Railway Athletic Club por 3 a 0, terminando o primeiro tempo vencendo por 2 a 0, dominando completamente e só não marcando mais devido a excelente atuação do goleiro Stewart do São Paulo Railway. No segundo tempo mais um gol do SPAC, todos os gols foram marcados por Charles William Miller center-forward (centroavante) do time, mostrando sua fama de artilheiro nato e fazendo um “Hat-trick” e onde quatro jogadores do S. P. A. C. são os mesmos citados em um depoimento de Charles W. Miller ao jornalista Thomaz Mazzoni como estando presentes no 1.o jogo do futebol brasileiro, são eles: Crewe (goleiro), Sparks (atacante), Taylor (defensor) e Blacklock (médio). Crewe era Percy W. Crewe que foi secretário do São Paulo Athletic Club e trabalhou na Lidgerwood em São Paulo e Sparks era Frederich Sparkes.


Várias matérias saíram na internet sobre a descoberta desse jogo desconhecido na história do futebol brasileiro:






Depoimento na Rádio Brasil de Campinas em maio de 2016: https://www.youtube.com/watch?v=6W7tZdEND2s

A descoberta serviu de matéria para a publicação de um livro sobre os primeiros jogos do futebol brasileiro: https://www.clubedeautores.com.br/book/253929-Os_primeiros_jogos_do_futebol_brasileiro?topic=esporteselazer



quarta-feira, 13 de junho de 2018

A Memória do Futebol em São Paulo - C. A. Paulistano





CENTRO PRÓ-MEMÓRIA CLUB ATHLETICO PAULISTANO

O Centro Pró-Memória é responsável pela preservação e perpetuação da história do Clube, por meio do material arquivado em suas dependências.
Também responde pela organização e as ações referentes às obras de arte do Clube, como a compra, doação (recebimento), manuseio, ocorrência e restauração.
O resgate de detalhes da história é continuamente aprimorado com os resultados das pesquisas. Tal processo amplia progressivamente o material disponível para consulta, possibilitando o atendimento da maior parte das solicitações que chegam ao serviço.

Contato
(11) 3065-2057
cultural.museu@paulistano.org.br
Horário: segunda a sexta-feira, 8h30 às 18h
Localização: Rua Honduras, 1400 - Jd América - São Paulo -SP
4º andar do prédio novo
CEP 01428-900


terça-feira, 12 de junho de 2018

Zé Carlos o Ponto de Equilíbrio.


A experiência vale demais. Foto: José Pinto.



Texto adaptado da Revista Placar nº 433 de 11 de agosto de 1978 escrito por Sérgio Martins.

Ponto de Equilíbrio

Num Guarani fogoso e inexperiente, Zé Carlos, 33 anos, é o chamado ponto de equilíbrio. Os seus pés parecem atrair as atenções da bola e dos companheiros, é ele quem triangula as ações do meio-campo, funcionando como um legítimo centromédio. E, quando alguém desgarra e pega a reta, abrindo um vazio na retaguarda, é o veterano Zé que cuida de corrigir o erro. Como um irmão mais velho.

Zé Carlos parece um artista que domina de maneira absoluta a sua arte, depurando-a completamente e atingindo uma simplicidade de gênio, Contra o Vasco, na partida em Campinas, por exemplo, em nenhum lance deu mais de dois toques na bola. Mas jamais deu um só passe que pudesse ser rotulado de burocrático, tocava curto, mas sempre para o lado certo, para o companheiro em melhor condição de iniciar o contra-ataque. Com colocação perfeita a bola constantemente acabava em seus pés.

No Guarani, Zé Carlos é volante, sem ser cabeça-de-área. Um espécie raro no atual futebol brasileiro. Quase um centromédio à antiga – vértice da maioria das triangulações feitas.

- Aqui, no Guarani, jogamos com mais passes longos e mais rápidos que no Cruzeiro. Pra mim, tocar curtinho é mais bonito, é melhor, por estar dentro das minhas características. Porém não posso querer jogar assim, se não é o melhor para o time.

- Aqui no Guarani o volante não tem obrigação de ficar fixo na frente de sua área, protegendo os zagueiros. As ordens que eu tenho são no sentido de marcar em cima o ponta-de-lança adversário, Quer dizer se ele jogar recuado, eu avanço, Se ele cair pelas pontas, normalmente vou junto. Mas tudo isso quando o time dele está com a bola. Quando a bola está com o nosso time, tenho liberdade para avançar.

No final do ano passado, quando o Guarani comprou seu passe, não foram poucos os que criticaram a transação. Afinal, o Guarani acabara de vender Flamarion, um menino, e colocava em seu lugar um jogador de 33 anos, em fim de carreira. Agora, ninguém mais é capaz de fazer esse tipo de crítica.

- Ganhei passe livre do Cruzeiro, por força da lei, e não queria continuar mais no clube, Estava lá desde 65 e achei que era hora de mudar de ares.

O Guarani mostrou-se interessado. Conversaram e Zé Carlos vendeu seu passe por 800 mil – um preço que seria, no mínimo, o dobro, se a transação fosse feita de clube para clube.

Zé Carlos começou sua carreira como ponta-direita em times de várzea de Juiz de Fora. Quando foi para o Esporte daquela cidade, o técnico do juvenil – sargento Fonseca – deslocou-o para a meia-direita por achar que lhe faltava velocidade para ser um bom ponteiro.

- Essa foi a grande influência que sofri na minha carreira. Acho que se tivesse continuado a jogar na ponta não iria mesmo longe.

- Gostava de ver o Djalma Santos jogar, foi vendo ele que aprendi alguma coisa. Era um cara que não corria atrás do ponta. Corria era para o lugar por onde o ponta teria que passar. Quer dizer, pegava o cara na curva, criando atalhos dentro do campo.

- Antigamente havia muita criação, o futebol atual exige que você corra o campo todo, marque o adversário sem trégua. O futebol mudou. Eu tenho que acompanhar a evolução para não ficar parado.

- Esses garotos novos do Guarani, cheios de entusiasmo, estão me fazendo bem. Eu quero acompanhar isso.

Por Sérgio Martins

sexta-feira, 1 de junho de 2018

O Fla-Flu começou 40 minutos antes do nada (em 1904).





REVISTA DA SEMANA - 10/09/1905


Futebol no Rio de Janeiro

“O Fla-Flu começou 40 minutos antes do nada”, assim dizia Nelson Rodrigues e ele de certo modo estava certo pois o Flamengo fundou seu Departamento de Esportes Terrestres e começou a praticar oficialmente o futebol em 1911 e o primeiro Fla-Flu começou em 7 de julho de 1912, porem uma informação encontrada na “Revista da Semana” do Rio de Janeiro de 10 de setembro de 1905 onde consta que no ano anterior (1904) vários clubes foram fundados para a prática do futebol e entre eles os teams do C. R. Flamengo e Boqueirão do Passeio, clubes que de acordo a história só começaram a praticar futebol anos mais tarde.

Primeiramente foi encontrado um jogo do Club de Regatas Boqueirão do Passeio contra o Foot-Ball and Athletic Club publicado na mesma “Revista da Semana”, em 26 de fevereiro de 1905, procurando um pouco mais, foi encontrado um jogo do C. R. Flamengo, o ano 1904, e a surpresa, o jogo um Fla-Flu, no mesmo dia em que o 1.o time do Fluminense enfrentava o Sport Club Germânia-SP no seu primeiro jogo de sua excursão pela capital paulista, 4 de setembro de 1904, no Rio de Janeiro, no campo do Paysándu Cricket Club, às 4 horas da tarde, o 2º time ou 3º do Fluminense Foot-Ball Club enfrentava um time do C. R. Flamengo em um amistoso, notícia que saiu em vários dos principais jornais do Rio de Janeiro, que publicaram escalações e o resultado, um empate em 2 a 2.

Fontes: Gazeta de Notícias, A Noticia, O Paiz, Jornal do Brasil e Jornal do Commercio.


A NOTICIA (RJ) - 03-04/09/1904


terça-feira, 22 de maio de 2018

Uma excursão intermunicipal da A. A. São Paulo em 1908





Nos dias 25 de janeiro (Sábado) e 26 de janeiro (Domingo) de 1908 a Associação Athletica São Paulo da capital  realizou uma excursão pelo interior do estado, jogando primeiramente em São Carlos do Pinhal (atual São Carlos) e depois em Rio Claro.


Em São Carlos a A. A. São Paulo venceu os dois jogos que realizou contra o Club Garibaldinos, entre os 2.os times venceu por 4 a 1 e entre os 1.os times venceu por 2 a 1.

No dia seguinte em Rio Claro apenas uma partida, entre os 1.os times contra o Club Pery, com nova vitória por 2 a 1.


Veja detalhes em notícia que saiu no Jornal "O Commercio de São Paulo" de 29 de janeiro de 1908, quarta-feira, na página 3.




Detalhe da 1.a parte da notícia, jogo em São Carlos.



Detalhe da 2.a parte da notícia, jogo em Rio Claro.